Enfim assisti o documentário – O dilema das redes.
Neste post te conto do que se trata, de forma reduzida, o documentárioda Netflix que está dando o que falar.
Vamos conversar sobre este assunto?
Documentário: O dilema das redes (The social dillema)
Sem meias palavras, o documentário da Netflix “ataca” o lado ruim das redes sociais, digamos assim.
Quem trabalhou em companhias como Facebook, Twitter, Google entre outros, fala para prestarmos bastante atenção quanto ao tempo que gastamos nesses sites, assim como nossas ações.
Afinal, as plataformas buscam cada vez mais formas de rentabilizar o negócio, sem se preocupar com o “bem estar” dos usuários.
E por falar em usuário, é interessante a comparação “usuário de drogas x usuário das redes”.
Faz sentido quanto ao vicio que as redes sociais causam em muitas pessoas. Contudo o termo usuário vem de “user” dos sistemas operacionais, só para deixar claro que não é algo “pensado” da forma que é passada no video.
Tristan Harris – ex-engenheiro do Google: disse que tentou alertar os companheiros sobre o risco de viciar usuários.
Em “O Dilema das Redes”, ele descreve ferramentas que seriam criadas para manter usuários “vidrados” e “distraídos” enquanto anunciantes ganham dinheiro.
Um dos mais claros recursos seria a rolagem automática – estratégia desenvolvida para que a experiência na rede não tenha fim e o usuário siga conectado.
As notificações, por sua vez, são descritas como uma das ferramentas mais eficazes para trazer quem está fora e manter quem já está conectado.
Já a dinâmica de curtidas e comentários com elogios ou criticas seria estimulada para manipular e tornar usuários dependentes, segundo os entrevistados.
Nas palavras de Harris, as redes:
Treinariam uma geração inteira de indivíduos que, sempre que se sentem desconfortáveis, sozinhos ou amedrontados, recorrem a ‘chupetas digitais’ para se acalmar”.
Tristan Harris
Essas “chupetas” seriam as validações recebidas por elogios e que trazem sensação de felicidade ou conquista aos usuários.
Enfim, vale a pena assistir este documentário. Abaixo, vou colocar minhas palavras sobre uma reflexão que fiz após assisti-lo.
O dilema das redes e a informação…
Bom, espero que tenha assistido ao documentário, pois vou comentar sobre um ponto em que ele ataca com frequência durante sua exibição.
E esse ponto é a “bolha” que as redes sociais criam.
Afinal, você já deve ter percebido que suas interações nas redes sociais sempre se dão com as mesmas pessoas nas quais muito provavelmente concordam ou curtem suas publicações.
Você pode estar se perguntando: E qual o problema disso?
Talvez você não enxergue, mas as bolhas acabam criando uma menor disseminação da informação, além da sensação de verdade que a bolha traz.
Essa “sensação de verdade” pode ser traduzida como validação de opinião, fortalecendo o argumento por mais que este não tenha base alguma.
Com isso, as informações contrárias ficam sem espaço, por menores que sejam.
Trazendo o assunto para as finanças pessoais, pergunto:
Como é que alguém que está inserido em uma bolha de endividados, irá conseguir sair dela?
Se a pessoa não tomar a atitude de sair dessa “arapuca”, ela ficará lá se endividando mais e mais.
Logo, textos como economizar dinheiro mesmo ganhando pouco ficam com seu alcance reduzido, já que é oferecido apenas a quem pertence a bolha.
Parece justo não? Quem quer saber do assunto é exposto a ele. E quem não quer, nem fica sabendo dele.
Mas pensando melhor, será tão justo assim?
Determinados assuntos precisam chegar a todas as pessoas, não somente a grupo A ou B.
Concorda?
Enfim, a “era da informação” que trouxe o acesso a uma infinidade de conteúdo, pode estar por si só sabotando este acesso.
Fonte: BBC
É isso que acontece com a esquerda e a direita brasileira. Cada grupo é alimentado APENAS com coisas contra o outro grupo e com “verdades” que eles gostam de ler. Ignorando o outro lado. Isto só gera revolta social e como diz no doc, CIVIL WAR é o resultado, como estamos encaminhando hoje na França, EUA, Brasil, Filipinas, etc
Acontece com tudo Heavy Metal, mas realmente com questões políticas é onde vemos mais embate. Contudo, não vejo muito o que fazer
Inglês, sua última frase matou a pau!
Culpar a tecnologia é coisa de criança mimada que não consegue ser autônoma em relação a ela. É legal conhecer os meandros de toda a máquina que tenta mantermos sempre conectados, mas somos nós que precisamos usá-la para nosso próprio benefício, avaliando onde estão os limites que devemos estabelecer.
Grande abraço e excelente semana!
Fala André!
Jogar a responsabilidade nas costas da ferramenta não dá né? rsrs Precisamos assumir nossos atos, simples assim.
Abração e excelente semana!
Vou ter que assistir esse, apesar de que de tanto ver comentários e resenhas acho que já entendi a ideia hehe Basicamente, todos apps tentam montar o seu perfil para te oferecer o que você quer, o próprio buscador da Google, já cria uma bolha, se você pesquisar um termo enquanto está logado em sua conta, os resultados vão ser específicos para você. Eu que trabalhei muitos anos com programação, quando pesquiso Java, os resultados são sobre a linguagem de programação Java, mas para outra pessoa, provavelmente é sobre a ilha de Java, e assim por diante. A muito tempo… Leia mais »
Vale a pena assistir, é muito interessante.
Eu apesar de ser de TI, confesso não ter a mesma “neura” da galera. Uso celular tranquilamente, webcam nunca tampei. Mas assim, também não tenho nda do que esconder. Agora para quem tem, deve ser ruim mesmo rs
Abraço!