Vamos a mais um resultado do segundo trimestre de 2019. A empresa da vez a ter seu 2T19 analisado é a WEGE3.
Você pode ver no blog o resultado da Cielo (CIEL3) aqui.
WEGE3 2T19
Ao abrir o balanço referente ao 2T19 da WEGE3, vamos direto para a Demonstração do Resultado nas DFs Consolidadas como de costume, OK?
Nesta página temos uma visão de como anda sua produtividade. Para isso, basta montar sua margem bruta.
Logo temos;
- 2T2019: 28%
- 2T2018: 28%
A receita liquida da Weg cresceu na comparação entre os segundos trimestres, assim como seus custos. Mas seus custos não aumentaram a ponto de impactar sua produtividade.
Agora vejamos como se saiu seu lucro operacional.
Para isso, anote os valores do Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos, também conhecido como EBIT.
Depois vá para a página Demonstrativo de Fluxo de caixa. Nela anote os valores de Depreciação e amortização.
Some-os e você chegará no EBITDA.
Se seguiu os passos acima, percebeu que o EBITDA da Wege subiu cerca de 50 milhões na comparação. Com isso, seu lucro operacional, subiu quase 2% entre os períodos.
E quanto a geração de caixa da Wege?
Vamos ver como se saiu o indicador FCL CAPEX, cara que nos mostra o quanto a empresa gerou de dinheiro após descontado o investimento em imobilizado e intangível.
Para chegar neste indicador, você precisa ir até a página Demonstração do Fluxo de Caixa. Anote os valores do Caixa Líquido Atividades Operacionais e Aquisição de imobilizado e intangível.
Voltando, com os valores anotados, basta soma-los e chegaremos ao FCL CAPEX. O da Wege ficou assim;
- 2T19: 197
- 2T18: 402
Agora vamos até o Balanço Patrimonial Ativo ver como anda o caixa da empresa. Nesta página, observe que o caixa da WEGE3 caiu mais de 1 Bi na comparação com o quarto trimestre do ano passado.
E quanto a sua dívida?
Endividamento
Na página Balanço Patrimonial Passivo, temos uma noção das dívidas da empresa. E isso se dá através dos Empréstimos e Financiamentos.
Some-os e chegará na dívida bruta da empresa. Para chegar na dívida líquida, basta subtrair a divida bruta da soma entre caixa e aplicações financeiras vistas no balanço patrimonial ativo.
Se seguiu os passos até aqui, notou que a divida bruta da empresa caiu. Já a divida liquida negativa teve uma queda devido a queda do caixa.
Nessa visão rápida do balanço da WEGE3, observamos que a produtividade segue estável, EBITDA subiu, receita liquida subiu, custos subiram mas não impactaram sua produtividade.
Já os pontos “negativos”, se é que dá para chamar assim, foram a geração de caixa que não foi tão boa quanto a do segundo trimestre de 2018 e o caixa que diminuiu cerca de 1 Bi.
Por outro lado a divida bruta caiu.
Para o Investidor Inglês aqui, resultado normal dessa grande empresa. E você, compartilha de mesma opinião?
Não custa lembrar que isso é apenas um estudo inicial, passando longe de ser recomendação de compra/venda!
Depois de quantos trimestres de resultados ruins você consideraria que a empresa perdeu valor? Venderia tudo ou deixaria de aportar? Estou pensando em definir algum prazo nesse sentido nas minhas análises
Um ano dá para ter uma noção. Mas confesso que ainda não tenho isso bem ajustado. Também precisa levar em conta como anda o setor, economia do pais.
Mas confesso que também não tenho bem definido esse parâmetro.
Não é simples realmente. Acho que vou deixar um espaço maior, tipo 2 anos. Se desacelerar vários fundamentos nesse tempo, diminuo os aportes. Se for mais rígido que isso, complica…Quais empresas são reloginho, onde tudo cresce desde sempre? WEGE, RADL, LREN… só lembro dessas de cabeça. Não deve passar de 5.
Empresas reloginho são poucas mesmo. Outras que veio a cabeça são EZTC e ODPV. Vou tentar fazer um post sobre quando vender por esses dias.
O livro que vira e mexe eu recomendo aqui tem um trecho sobre isso.
Aguarde!
EZTC não é não. Tem receita líquida e lucro líquido de 10 anos atrás. Só se for pensar por outro lado completamente diferente levando em conta que é cíclica. Mas eu pessoalmente não considero.
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